segunda-feira, 29 de junho de 2015

BOLETIM 23 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
Porto Alegre (RS) - A 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ-RS) negou indenização dos jornais das empresas Nova Época a um homem que se sentiu ofendido pelas notícias sobre a sua prisão. As reportagens informavam que Cleiton da Silva foi detido na condição de foragido do sistema penitenciário, onde cumpriria pena por diversos crimes como estupro e roubo. No entanto, ele foi processado e condenado por ter se apropriado de CDs e DVDs de uma locadora de vídeo. Em sua decisão, o juiz Franklin de Oliveira Netto avaliou que os réus apenas repetiram a informação passada pela delegacia e que as matérias veiculadas não trazem excessos nem juízo de valor.

Rio de Janeiro (RJ) - A Defensoria Pública definiu que a polícia não pode divulgar imagens de presos à imprensa até que a condenação definitiva dos suspeitos tenha ocorrido. A decisão tem o objetivo de prevenir “o pré-julgamento, abuso de autoridade e a exibição sensacionalista de uma pessoa presumidamente inocente antes do processo legal”. O juiz permitiu, porém, que imagens com justificativa prévia da polícia possam ser divulgadas. A desembargadora Renata Cotta, responsável pelo caso, não aceitou o recurso movido pelo governo do RJ e manteve a liminar concedida pelo juiz Afonso Barbosa, em 2014, em ação movida pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública.

Brasília (DF) - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o apresentador Rafinha Bastos terá que pagar R$ 150 mil de indenização à cantora Wanessa Camargo, ao marido dela, Marcus Buaiz, e ao filho do casal, José Marcus, de quatro anos. Rafinha já havia sido condenado em primeira e segunda instâncias a pagar, ao todo, R$ 450 mil. A defesa dele tentava reverter a sentença ou diminuir o valor a ser pago, classificado como “exorbitante” pelos advogados. A ação foi movida pela cantora em 2011, após Rafinha dizer que “comeria ela e o bebê”. A defesa argumentou que o humorista “não teve intenções sérias de ter relações sexuais com Wanessa e seu filho”.

São Paulo (SP) - É direito e até dever do jornalista retransmitir fatos históricos verdadeiros para que os leitores possam fazer o juízo de valor que bem entenderem. Com esse entendimento, o juiz Ulisses Pascolati Jr., do Juizado Especial Criminal Central, absolveu o jornalista Juca Kfouri da acusação de injúria praticada contra o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ex-deputado estadual, José Maria Marin. Marin ajuizou ação argumentando que teve a honra ofendida pelo jornalista, que teria excedido os limites da liberdade de expressão ao publicar em seu blog dois textos que estabeleceriam ligação entre um pronunciamento proferido por Marin na Assembleia Legislativa de SP, na época em que era deputado estadual, e a morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida dias depois, no ano de 1975. 

Pelo mundo
Holanda - A Al-Azhar, considerada uma das maiores instituições do Islã sunita, condenou a “imaginação doentia” por trás das charges do profeta Maomé, exibidas na TV pública holandesa pelo deputado opositor, Geert Wilders. A entidade pediu “a todos os muçulmanos que ignorem este ato terrorista odioso”. Wilders disse que mostrou as caricaturas para “defender a liberdade de expressão contra a violência”, em resposta ao tiroteio em um concurso de caricaturas no Texas (EUA), no início de maio. O ataque foi reivindicado pelo grupo radical Estado Islâmico (EI). Os muçulmanos consideram as ilustrações desrespeitosas. Por mostrá-las na TV, a sigla de Wilders - Partido da Liberdade (PVV) -, pode levar uma suspensão do tempo de transmissão de um a quatro anos.

Egito - O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) denunciou que profissionais da imprensa sofrem com uma onda de ameaças e prisões sem precedentes no Egito. Um relatório da ONG adverte que 18 repórteres, a maioria de veículos digitais e simpatizante do movimento Irmandade Muçulmana, estão detidos em cadeias locais. Ativistas de associações de defesa dos direitos humanos alegam que, desde a posse do atual presidente Abdel Fatah al-Sissi, a repressão contra simpatizantes da Irmandade Muçulmana começou se agravou.

Colômbia - O Tribunal da cidade de Manizales anulou uma decisão que absolveu, em 2013, o então congressista Francisco Tapasco e o condenou a 36 anos e três meses de prisão por planejar a morte do jornalista Orlando Hernández, diretor-adjunto do jornal regional La Patria. O Tribunal também condenou Tapasco e outras duas pessoas como “autores morais do homicídio qualificado”. O crime teria sido motivado pelas denúncias que Sierra fez no exercício da profissão.

Turquia - Por acusar autoridades de receber favores do governo e ofender juízes e procuradores de uma corte local, a promotoria da capital Istambul solicitou a prisão da jornalista Canan Coskun. A pena dela pode chegar a 23 anos de detenção. Um juiz e oito procuradores alegam que a repórter, ao fazer acusações desse tipo, está ferindo a honra dos envolvidos. Em fevereiro deste ano, Canan afirmou que uma imobiliária estatal oferecia condições especiais a vários fiscais turcos que queriam comprar uma casa de luxo. Ela ainda relacionou o fato a decisões favoráveis ao governo que os mesmos fiscais tomaram em casos de corrupção.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional deJornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

domingo, 21 de junho de 2015

BOLETIM 22 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
Belo Horizonte (MG) – A rede Globo está sendo processada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia de MG (SindepolMinas) em razão de um episódio da novela "Babilônia" onde os personagens interpretados pelos atores Thiago Fragoso e Fernanda Montenegro teriam "atacado a carreira de delegado de polícia". O SindepoMinas compreendeu que o diálogo entre os personagens classifica os delegados de polícia como "corruptos".

Brasília (DF) - A revista Veja São Paulo pode manter em seu portal de notícias uma reportagem sobre a falência do Spa Hara. A decisão é do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao conceder liminar que permite à publicação manter publicada a matéria. O ministro afirma na sentença que o Poder Judiciário não pode agir como “um verdadeiro censor”, avaliando se um tema possui ou não caráter jornalístico. A decisão do ministro suspende entendimento de desembargador do Tribunal de Justiça de SP que determinou a remoção da notícia da página da revista na internet.

Rio de Janeiro (RJ) I – O jornal O São Gonçalo obteve decisão favorável na 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RJ que anulou indenização por danos morais requerida por parentes de um policial.  A justiça entendeu que a divulgação de foto do velório do policial não ultrapassa os limites da liberdade de imprensa. No caso, a mãe e a viúva de um policial militar assassinado em 2007 pediram à imprensa que não divulgasse fotos da família no velório. Mesmo assim, o jornal publicou em sua capa uma imagem da cerimônia, contrariando o pedido. A família do morto, então, solicitou indenização de R$ 100 mil, e retratação por parte do veículo fluminense. Os parentes do policial alegavam que a atitude do jornal os colocou em risco, pois os assassinos do agente de segurança pública poderiam identificá-los, e os desrespeitou em um momento de grande tristeza.

Rio de Janeiro (RJ) II – A Editora Aimberê, do jornal A Nova Democracia, logrou êxito no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do RJ que rescindiu o acórdão que a condenou a pagar R$ 8 mil a um homem citado nas reportagens que publicou sobre a chacina de Vigário Geral. O ato, ocorrido em 1993, em uma favela da Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), deixou 21 pessoas mortas. O homem foi mencionado nas reportagens como um dos integrantes do grupo "Cavalos Corredores", responsável pelo crime. Ele processou a editora sob a alegação de que havia sido absolvido em outra ação julgada pelo Tribunal de Justiça do RJ. Após tramitar em primeira instância, o processo foi para a 8ª Câmara Cível, que acolheu o pedido e condenou a empresa e um de seus profissionais a pagarem a indenização. Esta sentença foi revisada pelo Órgão Especial.

Pelo mundo
Venezuela – O corpo do jornalista Eduardo Flores foi encontrado em 16 de junho com marcas de violência e mutilado em seu apartamento em Santa Mônica, na capital Caracas. Autoridades informaram que o jornalista recebeu diversas facadas, foi degolado e teve o corpo parcialmente queimado. A polícia local investiga o caso.

México - O jornalista Ismael Díaz López, do jornal Tabasco Hoy, foi assassinado a facadas em 18 de junho no município de Teapa, localizado no centro do estado. A ONG Artigo 19 exigiu que as autoridades esclareçam as circunstâncias do crime e responsabilizem os culpados.

Turquia - A jornalista Pinar Ogunc, do jornal Cumhuriyt, e outros dois repórteres foram detidos em 16 de junho na cidade de Akçakale, na fronteira com a Síria, por questionarem o governador Izettin Kuçuk sobre a possibilidade de militantes do Estado Islâmico se infiltrarem na Turquia. Os três jornalistas cobriam a tomada da cidade de Tal Abyad, na Síria – que até então estava sob o domínio da facção islâmica – pelo exército curdo. Após o ocorrido, os repórteres questionaram o governador sobre a possibilidade "dos militantes do Estado Islâmico escaparem pela fronteira e se infiltrarem na Turquia", o que poderia representar uma ameaça. Segundo Pinar, os três foram repreendidos por funcionários do governo e, em seguida, encaminhados à delegacia de polícia, onde ficaram detidos por algumas horas.

Birmânia – Jornalistas independentes estão sendo perseguidos, ameaçados e detidos, denunciou a ONG Anistia Internacional em 17 de junho. Apesar de o governo ter iniciado em 2011 um processo de reforma, que permitiu o fim da censura e o surgimento de veículos independentes, nos últimos 12 meses cerca de dez jornalistas foram presos no país. O relatório feito pela ONG conta com depoimentos de jornalistas locais. Para eles, escrever sobre os militares, o nacionalismo budista ou sobre a minoria muçulmana é praticamente inviável.  O documento da entidade, que defende os direitos humanos, também mostra que, além do governo, grupos radicais budistas ameaçam os repórteres.

Marrocos - A revista Maroc Hebdo teve uma de suas edições retiradas de circulação em 12 de junho, após a capa estampar a mensagem: "Devemos queimar homossexuais?". A revista justificou a frase afirmando que a intenção seria a de propor a possibilidade de "descriminalizar" o homossexualismo no Marrocos, que é punido com três anos de detenção. Em declaração oficial, o diretor da revista se desculpou pelo mal entendido.

Ucrânia - O jornalista Alexandre Gayuk,  da Agence France-Presse (AFP), foi ferido por estilhaços de um morteiro durante bombardeios em 14 de junho em Donetsk, reduto dos rebeldes separatistas pró-russos no leste da Ucrânia. Diversos bombardeios ocorreram em bairros próximos ao aeroporto de Donetsk, região que divide as posições de rebeldes e das forças ucranianas.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional deJornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

 Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

domingo, 14 de junho de 2015

BOLETIM 21 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
Pacajus (CE) - O radialista e empresário Francisco Rodrigues de Lima, da Rádio FM Monte Mor, foi assassinado em 9 de junho ao chegar ao local de trabalho. Ao parar o carro, foi abordado por dois homens de motocicleta. Um deles desceu da moto e efetuou os disparos. Os tiros atingiram a cabeça do radialista. A Polícia Militar (PM) ainda não identificou os criminosos nem a motivação do ataque.

Brasília (DF) - A revista Época e o jornal O Globo acusam o Ministério das Relações Exteriores de tentar evitar o acesso d aos documentos que ligariam o ex-presidente Lula à construtora Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato. De acordo com Época, João Pedro Corrêa Costa, diretor do Departamento de Comunicações e Documentação (DCD) do Itamaraty, ordenou uma interferência no pedido de informações do jornalista Filipe Coutinho baseado na Lei de Acesso à Informação. O Itamaraty teria tentado reclassificar documentos hoje "reservados" para "secretos", o que aumentaria o prazo de acesso ao material de cinco para 15 anos. O departamento responsável já teria, inclusive, separado e impresso o material para entregar ao jornalista, mas o pedido do DCD parou o processo.

Pelo mundo
Índia - O ministro Ram Murti Verma, do Partido Samajwadi, foi detido em 11 de junho, após ser acusado de participar do assassinato do jornalista Jagendra Singh ocorrido três dias antes. O crime teria como motivação uma publicação de Singh no Facebook que denunciava o ministro de praticar atividades ilegais em mineração e ocupação de terras.

Austrália - O jornalista Peter Greste, detido no Egito por 400 dias, acusado de apoiar a Irmandade Muçulmana, disse em palestra que atualmente o mundo é mais perigoso para um jornalista que deseja fazer seu trabalho. Ele foi detido junto com outros dois colegas da Al Jazeera em dezembro de 2013 no Cairo e condenado a quase dez anos de prisão por se envolver com a Irmandade Muçulmana e prejudicar a imagem do Egito. Em fevereiro, Greste foi deportado para a Austrália enquanto as autoridades locais reabriram o caso, porque o jornalista não pôde aparecer para se defender.

Espanha - O Supremo Tribunal encerrou a investigação sobre a morte do jornalista José Couso, morto em 2003 após um disparo de canhão americano no hotel onde estava hospedado no Iraque. O juiz Santiago Pedraz, responsável pelo caso, justificou que a ação não poderia prosseguir em discussão por estar limitado pelo abrigo da justiça universal, aprovada em fevereiro de 2014 e que impede o magistrado de julgar crimes contra cidadãos espanhóis que tenham acontecido fora da Espanha. Pedraz ainda cancelou a ordem de captura aos três soldados norte-americanos acusados pela morte do jornalista.

Azerbaijão - Após o jornal inglês The Guardian publicar matérias sobre uma suposta violação dos direitos humanos por autoridades locais, o governo impediu o veículode entrar no país para cobrir a primeira edição dos Jogos Europeus. O evento, considerado uma pequena Olimpíada, acontece na cidade de Baku e reúne cerca de seis mil atletas de quase todo o continente na disputa de várias modalidades esportivas.

Rússia - A jornalista Elena Milachina, do jornal de oposição Novaya Gazeta, que já publicou matérias sobre atrocidades na região da Chechênia, foi ameaçada de morte. Ela denunciou também uma tentativa de silenciá-la. Editorial feito pela agência Grozny-Infom mostrou que a jornalista poderia se tornar a próxima vítima fatal de uma opressão do governo.

EUA - O Newseum decidiu homenagear os 14 jornalistas mortos em 2014 durante cobertura de conflitos, entre eles James Foley e Steven Sotloff, executados pelo Estado Islâmico na Síria. O museu os incluiu em um memorial. Os 11 novos nomes de homens e três de mulheres representam os mais de 80 repórteres mortos no exercício da profissão em 2014. O memorial do Newseum registra a morte de 2.271 repórteres, fotógrafos, apresentadores de rádio e executivos de imprensa de todo o mundo desde 1837.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
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Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional deJornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.
Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

segunda-feira, 8 de junho de 2015

BOLETIM 20 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil                                        
Rio de Janeiro (RJ) - O jornalista Luís Nassif se livrou da queixa-crime apresentada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), onde o político argumentava que lhe haviam sido imputados fatos inverídicos e ofensivos. No texto em questão, Nassif disse que Cunha teria “manipulado diversas licitações quando ocupou a presidência da Companhia Estadual de Habitação”. O Ministério Público do RJ havia ajuizado, em 2006, uma ação de improbidade administrativa com indícios sobre as irregularidades, mas a ação foi rejeitada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Salvador (BA) - A Band Bahia foi condenada a pagar R$ 60 mil por dano moral coletivo por violação de direitos humanos durante a transmissão do programa “Brasil Urgente Bahia”. Na reportagem, exibida em 2012, a repórter Mirella Cunha ironizou de forma vexatória Paulo Sérgio Souza, preso acusado de estupro, durante o exame de corpo de delito. A ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público da BA.

Brasília (DF) - O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a decisão que mandava o apresentador e blogueiro Paulo Henrique Amorim, da rede Record, indenizar em R$ 250 mil o banqueiro Daniel Dantas. O texto, publicado em 2009, dizia que a operação Satiagraha, que investigava o grupo Opportunity, “recolheu [provas] contra o passador de bola apanhado no ato de passar bola, Daniel Dantas”. O banqueiro foi à Justiça contra o autor do texto, apontando ter sofrido danos morais ao ser associado como corruptor. O pedido foi rejeitado em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça do RJ acabou concluindo que o tom pejorativo ofendeu a honra do banqueiro. O STF revisou esta decisão.

São Paulo (SP) – A rede Bandeirantes deve exibir em sua programação vídeos sobre diversidade religiosa, por determinação do Ministério Público Federal (MPF). A decisão decorreu de comentários do apresentador José Luiz Datena que, em 2010, relacionou comportamentos criminosos a ateus. A emissora deve exibir material produzido pelo MPF que esclarece a população sobre questões como liberdade de consciência e de crença e diversidade de religiões. A campanha deve ser veiculada 72 vezes até novembro, nos intervalos do “Brasil Urgente”.

Pelo mundo
EUA - A premiação anual “Caneta de Ouro da Liberdade”, promovida desde 1961 pela Associação Mundial de Jornais e Editores, homenageou neste ano 1100 jornalistas mortos em exercício de sua profissão desde 1992. Destes profissionais, 51% eram jornalistas de impressos e 39% do total morreu enquanto cobria algum conflito armado. De acordo com o levantamento da associação, os países que mais ofereceram risco aos jornalistas foram o Iraque, com 166 mortes desde 1992, Síria, com 80, Somália, 56, Paquistão, 56 e México, 32. A saudação ocorreu durante a realização simultânea do 67° Congresso Mundial de Imprensa, do 22° Fórum Mundial de Editores e do 25° Fórum Mundial de Publicidade, na cidade de Washington.

Venezuela I - Três jornalistas foram agredidos por manifestantes dentro da Câmara Municipal Mário Briceño Iragorry, no estado de Arágua, em 3 de junho. Os profissionais produziam uma reportagem no edifício municipal quando um grupo de pessoas entrou no local e os agrediu. Elena Santini teve uma fratura no pé direito e Pedro Torres ficou com contusões no rosto. O cinegrafista Alejando Ledo apresentou lesões na cabeça, algumas graves.

Austrália - A jornalista Alex Bernhardt, do canal Nine Network, sofreu uma queimadura após ter um cigarro apagado em seu rosto por uma mulher que prestava depoimento num caso de assassinato. A repórter tentava um contato com a mulher quando foi surpreendida com o cigarro em seu rosto, sofrendo ferimentos no local.

Venezuela II - O jornalista Henry Chirinos, da rede Televisa, foi agredido pela Guarda Nacional Bolivariana durante a cobertura dos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, no estado de Zulia, em 29 de maio. Os oficiais, com apoio da polícia municipal de Maracaibo, tentaram confiscar a câmera do repórter para apagar os registros do confronto entre as forças de segurança e os manifestantes. Chirinos foi atingido no estômago e no rosto.

França - O ator americano Leonardo DiCaprio entrou com uma ação judicial contra a revista Oops, após o veículo publicar que ele teria engravidado a cantora Rihanna. A publicação disse que a artista seria a “namorada secreta” dele. A revista afirmava que o ator teria engravidado Rihanna e que teria rejeitado o bebê. O artista disse que as informações não são verdadeiras e pede cerca de US$ 20 mil.

Irã – A cartunista Atena Farghadani foi condenada a 12 anos de prisão após ser considerada culpada por “insultar membros do parlamento com desenhos e insultar o supremo líder iraniano”. A profissional havia publicado um desenho animado que mostrava membros do parlamento iraniano com cabeças de vacas e macacos. Atena já havia sido presa por nove meses enquanto aguardava o julgamento. Ela foi libertada em novembro do ano passado, mas presa novamente em janeiro após fazer um vídeo descrevendo maus tratos na cadeia.

México - Um jornalista do jornal Reforma permanece hospitalizado após ter sido agredido em 28 de maio por simpatizantes de Enrique del Villar, candidato do Partido de Ação Nacional (PAN) à prefeitura de Huixquilucan. O jornalista foi espancado enquanto tirava fotos de uma festa oferecida pelo PAN aos apoiadores do partido, na cidade de Interlomas. Além da agressão, integrantes da equipe do periódico teriam sido roubados pelos simpatizantes. Por motivos de segurança, jornal e família optaram por não revelar o nome do repórter.

Mianmar - Um grupo de jornalistas foi detido quando tentava chegar a uma ilha para onde mais de 700 migrantes foram levados após serem encontrados à deriva no mar em 29 de maio. Os repórteres foram obrigados a entregar os cartões de memória de suas câmeras fotográficas e a assinar documentos em que se comprometiam a não tentar chegar à ilha novamente.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional deJornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

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